5/05/2010

Vitória dos municipários de Alvorada I

Resultados da luta

Sempre é bom lembrar de onde partimos para medir o resultado final de nossa chegada.
Estávamos sem o auxílio-transporte e sem nenhuma perspectiva de reajuste salarial.

Até ontem conquistamos:

Manutenção do auxílio-transporte como estava;
Reajuste do vale-alimentação para R$8,50 com a diminuição dos descontos a depender das faixas salariais. A partir de maio;
Reajuste salarial de 2% para novembro, além da trimestralidade;
Promessa de revisão da liberação das licença-prêmio;
Instituição de uma comissão paritária entre municipários e governo para planejar a revalorização salarial, o que é um fator importantíssimo;

O prefeito garantiu que não haverá falta não justificada aos que participaram do movimento. O Sindicato entregará nosso ponto paralelo e as aulas serão recuperadas normalmente, no caso dos professores. O prefeito também criticou duramente as direções de escolas que ameaçaram os trabalhadores, devemos denunciar os abusos.

Se não alcançamos tudo o que queríamos de uma só vez, foi um bom recomeço, pois garantimos direitos adquiridos, reiniciamos avanços do ponto de vista salarial e asseguramos o prosseguimento das negociações com a proposta que fizemos da criação da comissão de revalorização salarial, aceita pelo prefeito.

A luta continuará!
Vitória parcial!
Grande avanço!
Parabéns municipários de Alvorada!

Vitória dos municipários de Alvorada II

Um pequeno histórico da nossa luta


No final do ano passado recebemos, em forma de fofoca, a notícia que iríamos perder o auxílio-transporte.
Logo no início do ano tivemos a confirmação do até então boato. Fizemos assembleia de nossa categoria e iniciamos um processo de luta. Estabelecemos uma pauta de reivindicações que incluía: manutenção do auxílio-transporte; aumento do auxílio alimentação para R$12,00; aumento salarial de 20%; e liberação das licença-premio em pecúnia.
Dia 18/3 tivemos nossa primeira negociação com o prefeito, ao mesmo tempo em que realizamos uma manifestação quase que espontânea em frente à prefeitura. (Veja mais sobre dia 18/3 em http://avanteeducadores.blogspot.com e http://www.correiodopovo )
Ao final da negociação o Prefeito já acenou com sinais de recuo na sua intensão de retirar o auxílio-transporte, pedindo um mês para avaliar as reivindicações.
Ao passar de pouco mais de um mês, recebemos a resposta insatisfatória que acenava com nenhum reajuste salarial e com um reajuste de apenas R$0,40 de auxílio-alimentação, mas já com a garantia do auxílio-transporte. Ainda durante a realização da assembleia da categoria, recebemos a notícia de que seria possível um aumento de salarial 2%, mas apenas para novembro.
Indignados com a situação marcamos a paralisação de ontem, dia 4/5. Fizemos panfletos, passamos em locais de trabalho, embora não tenha dado para passar em todos, mobilizamos colegas por internet e pessoalmente. Não foi fácil!
Na manhã da paralisação a chuva que caía sem parar desde a madrugada, anunciou um possível fracasso.
Mas não foi o que ocorreu. Paramos várias escolas e outros locais de trabalho. A paralisação impactou de fato a cidade, o que nos deu força. Nos concentramos às centenas em frente a prefeitura, para tranquilamente reivindicar o que era justo. Jingle improvisado, mas profissional, música que embalou a manhã solicitando nosso aumento salarial. Colegas animados com a luta, assinavam nosso ponto paralelo, pois não era dia de matar trabalho, mas de luta.
Barracas foram montadas para proteger da chuva que logo parou, rodas de chimarrão se formaram, faixas foram colocadas e dali mesmo os municipários deram uma aula democrática de que com a luta dos trabalhadores é possível melhorar a vida.
Entregamos uma carta à população explicando o que estávamos fazendo e nos comunicamos pelo carro de som.
Cantamos palavras de ordem e recebemos apoio de populares, alguns alunos da Escola Alice de Carvalho, vereadores e sindicatos importantes, como a CUT, INTERSINDICAL e o CPERS, lá representado pela sua vice-presidente, e uma de suas principais lideranças, Professora Neiva Lazzarotto.
Foi um dia agradável de encontro para discutirmos nossos problemas e soluções.
Foram realizadas negociações com secretários e com o prefeito que nos recebeu ao fim da tarde.
Ao final da noite ainda nos pronunciamos na Câmara de Vereadores por mais de dez minutos, em que relatamos para a comunidade e autoridades toda nossa luta e o seus resultados.
Voltaremos para nossos locais de trabalho de cabeça erguida, apesar de inúmeras ameaças que sofremos, pois fizemos o que era justo e possível.
Se não conseguimos tudo o que queríamos, avançamos uns bons passos no rumo certo. Ganhamos experiência de que é possível melhorar com a participação de todos e teremos como convencer mais colegas a se juntarem a nós da próxima vez. Se tivéssemos mais colegas lá, com certeza a negociação teria sido outra.
Que fique a experiência que com a luta organizada podemos melhorar as coisas. Da próxima vez será maior.
Tivemos uma grandiosa vitória e estamos de parabéns!!!

Veja algumas fotos da paralisação. Logo teremos mais.




VEja nosso hino da paralisação

REAJUSTE JÁ!

(Por Johann Alex de Souza )

Só dois por cento em novembro não dá!
Com quarenta centavos quem consegue almoçar?
Senhor prefeito veja bem a situação,
nosso salário tem de ter reposição!

É Alvorada vamos todos acordar!
Municipários ta na hora de lutar!
Por seus direitos vamos todos trabalhar!
Hora é agora: reajuste já!

5/03/2010

Correio do Povo divulga nossa luta

Professores municipais vão parar aulas em Alvorada


Os 1,2 mil professores municipais de Alvorada paralisarão as atividades amanhã. O objetivo é retomar as negociações salariais com a prefeitura. Nas tratativas iniciadas em meados de abril, os docentes asseguraram a manutenção do auxílio-transporte. Agora, desejam negociar melhores percentuais de reajuste dos salários e do vale-alimentação.

A vice-presidente do Cpers, Neiva Lazzarotto, afirmou que o sindicato apoia e se empenha em viabilizar uma negociação justa e que represente ganhos reais ao Magistério. E a secretária municipal de Educação, Jussara Veras Bitencourt, avaliou que o pleito dos docentes é justo, mas está acima da capacidade financeira de Alvorada. "Somos o menor PIB do RS. Nossa arrecadação anual é baixa", justificou. Segundo a secretária, a Prefeitura de Alvorada é uma das poucas do Estado que assegura a reposição bimestral das perdas inflacionárias aos professores. De acordo com ela, o município não tem fôlego para ofertar mais do que 2% aos servidores do Magistério.

Por conta da paralisação, as aulas estarão suspensas amanhã nas 32 escolas municipais de Alvorada.

REIVINDICAÇÕES

- Os professores da rede pública municipal de Alvorada reivindicam 20% de reajuste salarial. A proposta da prefeitura, no entanto, é de, no máximo, 2% de reajuste ao Magistério.

- A categoria solicita a elevação do vale-alimentação, dos atuais R$ 7,70 para R$ 12,00. Mas a oferta do município foi de aumentar em R$ 0,40 o atual valor pago ao vale.

- Os professores não descartam a possibilidade de apreciação de indicativo de greve em assembleia geral.